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Conferência de Raul Teixeira em Porto Alegre


O conferencista fluminense Raul Teixeira voltou o Rio Grande do Sul no dia 22 de setembro onde, no auditório do Instituto Espírita Amigo Germano, realizou conferência sobre os 100 anos de Chico Xavier, numa homenagem pública ao dedicado médium desencarnado em 2002. Diante de numeroso público, Raul desenvolveu magnífico trabalho que foi transmitido pela TVFERGS, através da Internet. Raul iniciava, naquele dia, rápida passagem pelo Estado que incluiria outras cidades, como Rio Pardo e Pelotas.

 

Em Pelotas

 

A conferência em Pelotas foi no Theatro Guarany, com o tema RENOVAÇÃO MORAL NO MUNDO DE PROVAÇÕES.

O objetivo da encarnação é chegar à perfeição. Assim começa a resposta da 132ª questão de O Livro dos Espíritos – são mais de mil perguntas e respostas – de Allan Kardec (1804-1869).

Num Theatro Guarany abarrotado de espíritas, simpatizantes e curiosos, o médium, orador e educador Raul Teixeira mencionou a questão para enfatizar a superação das vicissitudes da vida corporal. Afirmando que estamos num mundo de provas, sendo missão para uns e expiação para outros, o médium frisou que precisamos amar e perdoar. Acerca das vicissitudes cotidianas exemplificou com situações como: quando se está doente é necessária consulta médica; para um deslocamento precisamos condução, o que implica em custo, daí a necessidade do trabalho; ao sentir fome, para comer é preciso comprar e cozinhar; a esposa enferma deve ser cuidada pelo marido; um amigo de longo tempo, repentinamente puxa o tapete. Os exemplos são recorrentes e nos afetam. De acordo com Raul, diante dessas circunstâncias, nos sentimos exigidos demais. No entanto, acrescenta: Deus conta conosco na Sua obra de Criação. Somos deuses em aperfeiçoamento na Terra. Estamos sob regime de provações. A Divindade nos colocou aqui para pagar dívidas. Mas uma coisa é a consciência que devemos, e outra é a ação para pagar.

 

VERDADE

 

Políticos desonestos e comerciAntes maldosos estão no grupo da expiação. Assim, terão de amargar distúrbios e perturbações como surtos esquizofrênicos. Essa tormenta está manifesta, por vezes, já não corpo do bebê que sofre com asma ou alguma deficiência. Conforme Raul, catástrofes coletivas correspondem à expiação em grupo. Então, trata-se da Divindade que procura limpar a Terra. Contudo, não devemos culpar a Divindade, já que podemos exercer o livre-arbítrio. O médium ressalta: O grande crime é a mentira. Todos mentem deslavadamente. Tanto que passam a acreditar na mentira. Pode ser alguém no computador que mente para realizar sua intenção pedófila, ou que inventa habilidades no currículo – não se dá conta que logo será descoberto -, até situações aparentemente banais em casa. A mãe que pede à criança que atendeu o fone para dizer que ela não está. Também a falsidade diante de parente que aparece, sendo tratado como “querido”, enquanto no cotidiano da família é alvo de comentários críticos. Assim, criamos filhos que serão mentirosos. Num período eleitoral, observamos que reelegemos mentirosos. Não queremos mudar, e jogamos a responsabilidade para os outros. O Supremo Tribunal Federal não se decidiu pela Ficha Limpa, simplesmente porque não quis. Mas o povo poderia fazer a Ficha Lmpa, bastaria não votar no mau candidato. Mas a massa sabe que vai votar no crápula,o criminoso. Tem interesses. Nós somos muito rudimentares, pois não colocamos em prática o que aprendemos.

 

BOM SENSO

 

Para Raul, o bom senso vence a trapaça, farsa e engano. Ele menciona o suíço Jean Piaget (1896/1980): Precisamos viver com bom senso. Assim, educar desde a criança para fechar a torneira e economizar água, o que causará benefício coletivo, até o adulto que desfila de carro importado mas joga resíduos pela janela do veículo. Nesse caso, nem se precisa saber o nome de quem está no carro de luxo.Mas já se sabe como é moralmente. Não podemos justificar nossos erros, com base nos erros dos outros. E o espiritismo propõe caminho para melhor entender sobre o mundo de expiação. Não nos envergonhemos de ser melhores do que fomos, diz.

 

PEDAGOGIA

 

Dos flagelos terrestres, conforme o médium, em casos de mortes violentas, como afogamentos, queimaduras, têm como objetivo o choque de retorno. Trata-se de mostrar sobre a brevidade, ilusão e transitoriedade. E Raul acrescenta que até o enfermo sobre uma cama, torna-se mais macio. Com isso, a perspectiva é abrir a alma à renovação.

 

DISCERNIR

 

Houve período no qual era elevada a incidência de uma febre pós-parto. Alguns dias após o parto, a mãe falecia. A causa foi descoberta. Era falta de higiene dos médicos, pois desconheciam a necessidade de assepsia. Transitar com o avental sujo de sangue mostrava dedicação e trabalho. Mas, sem saber, após manusear cadáveres, contaminavam as mulheres no parto. De acordo com Raul, após o período de expiação, foi encontrada a causa da febre. Atualmente um contágio assim acaba na Justiça. Esse foi um dos exemplos de Raul pra abordar sobre o aprendizado.

Também ilustrou com as descobertas da vacina contra a poliomielite e a cesariana que parou com os esq        uartejamentos de bebês que estavam atravessados no útero. A inteligência nos permite o discernimento e devemos aprender tanto no aspecto intelectual quanto no âmbito moral. Se conseguirmos nos amar e conhecer, nos libertaremos das agruras terrestres, finalizou.

 

Fonte: Jornal Diálogo Espírita, da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, setembro/outubro 2010.

Em 16.11.2010.